terça-feira, 30 de junho de 2009

Síntese do texto " A literatura em Perigo " de Tzvetan Tordorov

Patrícia Silva de Lima

Em A literatura em perigo, Tzvetan Tordorov analisa a idéia muito propalada de que a literatura não fala sobre o mundo, mas a respeito de si mesma, ou seja, propõe uma abordagem desinteressante, que torna a literatura um objeto não-atrativo. Ao expor essa situação, Tordorov afirma que a literatura está sob ameaça, em detrimento da hipervalorização do científico e consequente inferiorização ou subcategorização do literário.

A literatura, como ele mesmo diz, é REDUZIDA AO ABSURDO, não é reconhecida por todos. Nesse sentido, o estudo da literatura na França reflete, se analisarmos a realidade da prática literária nas escolas brasileiras, o confronto da escolha: "o ensino sobre a disciplina deve recair sobre a mesma ou sobre seu objeto?" Devemos valorizar as possíveis metodologias de observação, de análise, ilustrando-as com diversas obras literárias, ou devemos dar importância apenas às mais conceituadas, nos utilizando de várias possibilidades didáticas? Qual seria o objetivo desse estudo? O que é mais importante? O que deveria ser considerado irrelevante?

Percebe-se que em outras matérias não se projetam tantas dúvidas metodológicas, em especial as denominadas disciplinas científicas. Ao nos depararmos com a necessidade de diferenciar a abordagem de estudo da literatura das outras ciências, nos interessa então posiciona-lá como "Estudo do objeto" (como na história) e não como "Estudo da disciplina". A pretenção de Todorov aqui é mostrar não só aos discentes, mas a qualquer indivíduo, apaixonado ou não pela literatura, que esta se propõe não somente olhar para si mesma, mas sim a incitar o homem a criar uma ponte entre seu mundo interno e seu mundo externo.

Não há consenso entre pesquisadores, especialistas do campo da literatura sobre o que deveriaser o foco da disciplina. A massificação "estruturalista" das escolas acaba por impor sempre determinada arbitrariedade para assumir determinada escolha, o que acaba por se tornar um abuso de poder. Isso nos faz concluir que esse "Totalitarismo didático" não nos permite trabalhar a literatura como um suporte que definitivamente contribui para o homem tornar-se um ser pensante. É necessário, assim, haver um processo de "recentralização" do ensino de letras dos textos, nas salas, que possam convergir com as aspirações, os anseios dos docentes, para redirecionar a recepção (que muito provavelmente será positiva) dos alunos em qualquer nível acadêmico - seja fundamental, secundário ou superior. Com o modelo "estruturalista", perdeu-se a importância da contextualização da obra e cortou-se a relação da obra literária com o mundo.

A proposta de Tordorov é, finalmente, desmenbrar, reorganizar a visão do estruturalismo clássico, que afastava a verdade dos textos, e postular o exame da questão literária, encarando o fato de que o texto pode admitir mais verdades, verdades estas que estão notavelmente mais próximas do mundo em que vivemos.

Patrícia Silva de Lima DRE:107431847 Turma:LEP

Um comentário:

  1. Patrícia,

    você fez um texto simpático, que levantou pontos importantes do livro do Todorov. Acho, sobretudo que precisa caprichar mais na redação, na gramática e na organização das frases, pois isso pode prejudicar você no futuro. Mas, como disse, o seu texto ficou simpático. Corrigi uns errinhos aqui e ali, veja se não modifiquei nada de importante para você.
    Abraços e boas férias.

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